quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

REFLUXO VÉSICO-URETERAL GRAU V

Paciente masculino, 11 anos, encaminhado da nefrologia onde havia sido admitido há pouco tempo por insuficiência renal dialítica. Nunca havia feito acompanhamento prévio.




Na radiografia realizada durante a miccão observa-se:
Uretra posterior anatômica (seta vermelha).
Bexiga com paredes regulares.
Inserção ureteral horizontalizada (seta amarela), possivelmente demonstrando a causa do refluxo.
Ureter dilatado e tortuoso.
Exuberante dilatação da pelve renal.
Desaparecimento das impressões papilares e embotamento dos ângulos forniceais (seta verde).
*Nota-se também catéter de diálise peritoneal cruzando o abdome.

O usg demonstrou:
Hidroureteronefrose à direita, porém com alguma preservação da camada cortical.
Não foi visibilizado o rim esquerdo (provável rim multicístico displásico involuído).
Ascite com septos finos (paciente em diálise peritoneal)

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

URETEROCELE


Criança portadora de hidronefrose de longa data e assintomática.
USG da bexiga demonstra formação cística em região lateral esquerda da parede posterior compatível com ureterocele.
A avaliação da bexiga deve ser bastante minuciosa em pediatria, pois em casos como esse a ureterocele pode colabar quando a bexiga estiver completamente vazia ou "everter" quando há hiperdistensão vesical.
É importante também o uso de transdutores de alta frequência para melhor detalhamento do órgão.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

ECTOPIA RENAL CRUZADA COM FUSÃO

Criança encaminhada do ambulatório por não visibilização do rim esquerdo.
As imagens abaixo são de uma urotomografia com protocolo específico desenvolvido no serviço que utiliza doses fracionadas de contraste e apenas uma fase de aquisição de imagens, com o intuito de reduzir exposição a radiação.


Corte axial, demonstrando fusão do polo inferior do rim direito com rim ectópico.
Notar vascularização arterial independente do rim ectópico.
Notar que o tempo de realce parenquimatoso e eliminação de contraste é simultâneo, sugerindo função preservada em ambas as unidades.

Reconstrução coronal demonstrando ausência do rim esquerdo e preservação arquitetural do rim direito.

Reconstrução para-sagital direita demonstrando novamente a fusão.
Notar que os sistemas pielocalicinais são independentes e possuem inserção anatômica na bexiga, ou seja, o ureter do rim ectópico cruza a linha média para se inserir à esquerda da bexiga (confirmado pelo USG - Doppler da bexiga).

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

DERRAME ARTICULAR EM ACETÁBULO

Criança, sexo feminino com dor em coxa há dois dias e negando febre.
Foi realizada ultrassongrafia do músculo íleo-psoas e acetábulo.


 Figura comparativa demonstrando joelho direito normal e pequena quantidade de derrame articular à esquerda. Deve haver muito cuidado para não confundir a cartilagem articular com derrame, para isto deve-se sempre realizar o exame comparativo, observar os inúmeros pontos ecogênicos inerentes às estruturas cartilaginosas, o contorno regular e extensão até o início da metáfise da cartilagem.


Observar que o derrame articular escorre anteriormente ao colo femoral, atingindo o limite inferior da cápsula articular a qual também encontra-se espessada.


Diante do quadro clínico-laboratorial a paciente teve o diagnóstico de sinovite transitória do quadril e foi tratada apenas com sintomáticos.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

NOVO OSSO PERIOSTEAL


Ocasionalmente são encontradas reações periosteais lamelares acometendo a diáfise e a metáfise do ossos longo de lactentes de forma bilateral e simétrica.
Este processo é fisiológico, não causa qualquer sintoma e provavelmente se deve ao processo acelerado de crescimento e remodelamento ósseo que acompanha esta fase da infância.

Anomalia ano-retal

Paciente portador de ânus imperfurado

TORCICOLO CONGÊNITO (FIBROMATOSE CERVICAL)

RN com nódulo em pescoço sem outras alterações.

Corte longitudinal demonstrando espessamento fusiforme do músculo esternocleidomastoideo direito.


 Corte transversal demonstrando aumento da ecogenicidade da porção espessada do músculo, compatível com fibrose.



Músculo contra-lateral com dimensões e ecogenicidade normais.

O torcicolo congênito ocorre devido a um espessamento fibroso do músculo esternocleidomastoideo e geralmente é percebido logo nos primeiros dias de vida da criança durante a palpação do pescoço, ou mais tardiamente, quando a criança já consegue sustentar o pescoço e apresenta alguma limitação na rotação cervical.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

MICROCÓLON

RN não apresentou dejeções nas primeiras horas de vida, evoluindo com vômitos e distensão abdominal. Foi submentido a ressecção parcial de íleo distal necrótico em seu hospital de origem, não havendo relato de outras alterações em trato gastro-intestinal.
Mesmo após cirurgia manteve quadro de abdome obstrutivo, quando foi transferido para nossa unidade e foi realizado o enema abaixo.

Radiografia após descompressão (sondagem de alívio) do estômago revela distensão de alças intestinais da região central, além de ausência de ar no cólon e reto compatível com obstrução a montante do ceco.



Enema baritado revelando microcólon total.





Perfil de pelve demonstrando relação reto/sigmóide normal além de algumas inclusões de mecônio mais bem vistas em cólon descendente.


O microcólon resulta do desuso do cólon no período intra-útero, sendo desta forma uma condição funcional e não uma doença arquitetural.
Existem inúmeras condições que podem ocasionar seu aparecimento como atresia/estenose de intestino delgado, íleo meconial, aganglionose colônica total, síndrome do microcólon/megabexiga e atresia do cólon proximal.
O paciente em questão foi submetido a um novo enema com contrate hiperosmolar, quando então evacuou, sendo suspeitado de íleo meconial. Aguardo pesquisa laboratorial de fibrose cística.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Microcefalia

Lactente com atraso de desenvolvimento demonstra uma baixa relação tamanho do crânio/face na radiografia em perfil.
Essa relação normalmente de 4:1 e no caso descrita é inferior a 3:1

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

ANOMALIA ANORETAL BAIXA


Colostograma em paciente com ânus imperfurado submetido a colostomia prévia evidencia fístula ligano o reto ao períneo.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Anomalia anoretal alta

Paciente portador de anus imperfurado e em uso de colostomia realizou exame contrastado que evidenciou fístula para a uretra posterior.